segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Ou tudo, ou nada!


Eu sempre gostei do diferente, do novo, do exclusivo.


Estar sempre dentro da normalidade, dentro dos conceitos da sociedade, dentro das regras...não era comigo.


Sempre remei contra a maré. Me divertia com o dogma de não seguir dogmas. Eu seguia uma regra somente: "Não seguir regra nenhuma"


Mas não é fácil caminhar pelo vale da anarquia. As regras são necessárias. Para manter uma certa ordem. É uma ideia caótica se formos filosofar a fundo.


Não é essa a questão.


A questão é que, mesmo achando que não sigo regras eu sigo sim. Assim como todos nós. E cumpro cada regra imposta a mim. Mas exigo um retorno.


Nessa vida, todas nossas relações são baseadas em trocas.


Quando se dá algo, você, naturalmente, quer algo em troca, nem que seja um simples sorriso.


Estou errado?


Pois é. Aí que está. Não te dá uma revolta quando não cumprem o prometido com você?


A sua parte está lá, bonitinha, tudo nos conformes, como a sociedade impôs.

Você seguiu cada regrinha, cada passo, cumpriu cada linha determinada. E o retorno? Nenhum?


Faça-me o favor. Eu quero o que é de direito, e quero agora!


Essa mão de via única, cansa.


A lei do retorno sem retorno.

A passagem só de ida.

O beijo sem boca.

O cheiro sem odor.

O quente sem o calor.


Não dá mais.


Ou tudo, ou nada!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Tempo mano velho...


Parece que foi ontem que eu comecei a escrever nesse blog. E ao mesmo tempo parece que tem um tempão. Afinal tem quase 2 ANOS!!!


Aí, cria-se uma sensação estranha sobre o que é o tempo.


Quando somos crianças, somos ansiosos pra qualquer coisa.


Para aquele dia de domingo com sol pra você ir no cinema, tomar um sorvete, sair com os pais.

Aí chega a segunda e a espera pelo fim de semana recomeça.


Ou aquela viagem tão esperada? Parece que você vai morrer de tanta ansiedade e ela nunca chega.


Aí vai surgindo a adolescência. A coisa piora.


Nunca chega os 18 anos. A idade da liberdade!

E a paquera que sempre demora pra aparecer na baladinha? Aí quando ela aparece, você nunca consegue o tempo certo de chegar e ela se vai.


E o primeiro namoro? A gente conta as horas, os minutos pra se encontrar, aí quando consegue ficar junto, a hora voa. Tudo que é bom dura pouco né?


Aí quando você passa dos 18, o tempo começa a ficar seu inimigo.


Começam as responsabilidades, as difíceis decisões. E os 20 vão chegando, tomando o lugar sem pedir licença.


Aí é preciso fazer tudo muito rápido e começa-se um jogo contra cada minuto. Tudo que demorou na infância se reverte agora. Não temos mais tempo para nada.


Carreira, família, amigos. Cada dia é preciso se tomar uma nova decisão e sofrer as consequências. Aí você imagina: " Como eu cresci tão rápido ? Quero voltar"


Os 20 vão passando e você chega aos 30.


Começa a bater um certo desespero. Você se sente a cada dia menos preparado. E não adianta estudar mais, trabalhar mais, nunca estará onde você gostaria. Sempre vai faltar algo pois não há tempo hábil.


Aí você deixa de ser filho e se torna pai. E tudo fica ainda mais rápido. Em dois minutos seu filho nasceu e já tá falando.


Aí vem os 40, os 50 e por aí vai. Cada vez mais rápido. 10 anos parecem tomar uma proporção de 1.


Aí você para e pensa: " O que é o tempo afinal? Como se mede? Por que ele corre tanto quando eu mais preciso dele?"


O tempo é precioso. Não o do relógio. Não do dia e da noite. Não tem como saber e explicar. O "grande barato" é viver cada dia com intensidade. Aproveitar cada segundo e torna-lo único.


Rir com pessoas engraçadas, aprender com os problemas, fazer amigos e deixar sua marca.


Estar presente na vida das pessoas e se permitir.


Permita o amor.


Permita a vida!


E não pense em quanto tempo você ainda tem, pois pode-se descobrir que não tem muito.


Lembre-se também, o seu tempo é diferente do meu e assim vai.


Capice?